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12 janeiro 2017

Crise hídrica: Afetará SAMAMBAIA e outras cidades do Distrito Federal

Abastecimento será suspenso por até 24 horas em regiões previamente avisadas, em esquema de rodízio. Corte começa na próxima segunda (16)

Com o Rio Descoberto, principal reservatório que abastece a capital do país, em níveis nunca antes registrados, o Distrito Federal entrou oficialmente em racionamento de água. O abastecimento será suspenso por até 24 horas em regiões previamente avisadas, em esquema de rodízio. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (12/1) pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e começa a partir de segunda-feira (16), por Ceilândia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II.

Nessa primeira fase dos cortes, serão atingidos os moradores de cidades abastecidas pelo Descoberto, entre elas Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Samambaia, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Park Way, Guará e Candangolândia.

As cidades que têm abastecimento hídrico pelo reservatório de Santa Maria terão a pressão da água reduzida. A medida começa em 30 de janeiro. Como o reservatório está em torno de 40% (41,22% na manhã de hoje), ainda não será feito rodízio de fornecimento de água.

O calendário dos cortes percorre um ciclo de seis dias: um dia com interrupção completa, dois dias de estabilização e três de fornecimento normal. No sétimo dia, o corte volta a ocorrer.

Pouca chuva
Para reduzir o consumo, a empresa já adotou a cobrança de tarifa extra e diminuiu a pressão da água em diversas regiões do DF. Mas as medidas não foram suficientes, já que São Pedro não colaborou. De acordo com a companhia, a demora na adoção do racionamento se deu porque a suspensão no fornecimento de água exige uma grande mudança no sistema, envolve custos e remanejamento de pessoal.

A ideia inicial da Caesb era esperar até o fim do mês para anunciar o racionamento. A expectativa era que as chuvas se intensificassem. Porém, a queda acentuada no volume dos reservatórios fez a empresa mudar de estartégia.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos dez primeiros dias de janeiro choveu apenas 19,9 milímetros. No ano passado, no mesmo período, a quantidade foi de 64,4 milímetros, quando o índice previsto para o mês é de 200mm.

O instituto atribui a situação ao fenômeno El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que provocou bloqueio atmosférico e influenciou no regime de chuva do Brasil desde 2014. “A formação de nuvens foi inibida, a temperatura, elevada e a umidade do ar sofreu baixa”, explica a meteorologista do Ingrid Monteiro Peixoto.

De acordo com o Inemt, o Centro-Oeste está agora sob a influência do fenômeno La Niña, de menor intensidade, que esfria as águas do Pacífico Equatorial e traz um panorama favorável no que diz respeito às chuvas. “Até 19 de janeiro, esperamos um acumulado de 100 a 125 milímetros, o que não vai contribuir de imediato, mas pode aliviar a crise dos reservatórios”, explica.

Fonte Metropolis

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